
Foto Reprodução (Foto: Rádio Web Focus Hits de Barreirinhas - MA https://portaloinformante.com.br/)
O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão ligado ao Departamento de Estado dos EUA, criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio da plataforma Rumble no Brasil.

Em uma publicação feita no perfil oficial da Embaixada dos EUA no Brasil na rede X, o órgão afirmou que “bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”.
O comunicado também destacou que o respeito à soberania deve ser “uma via de mão dupla”.
A manifestação ocorre após Moraes ordenar o bloqueio da Rumble na última sexta-feira (21), alegando que a plataforma descumpriu reiteradamente decisões judiciais e tentou operar no Brasil sem se submeter às leis nacionais.
O ministro determinou que a empresa indicasse um representante legal no país, o que não ocorreu.
A Rumble, plataforma de vídeos semelhante ao YouTube e conhecida por atrair conservadores nos EUA, entrou com um processo contra Moraes na Justiça americana.
A ação foi movida em parceria com o Trump Media & Technology Group, empresa do ex-presidente Donald Trump, que alega que as ordens do ministro violam a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão.
A Justiça americana, no entanto, rejeitou um pedido liminar feito pela empresa, apontando falhas na documentação e questões de jurisdição. O processo menciona o bloqueio de diversos usuários na Rumble, incluindo o blogueiro Allan dos Santos, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e considerado foragido pelo STF.