Após a eleição que reconduziu a deputada Iracema Vale (PSB) à presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão para o biênio 2025/2026 quando o governo levou o maior susto ao vê sua aliada vencer pelo critério da maior idade num plenário onde a grande maioria estaria dominado, restou a Carlos Brandão (PSB) refletir sobre o real tamanho da sua liderança e da base de sustentação.
O governador que certa vez numa roda de governadores surpreendeu a todos ao afirmar que não existia oposição à sua gestão, após o perrengue que passou ao ver a eleição da Assembleia empatar nos dois turnos em 21 X 21, tendo como protagonista o deputado Othelino Neto (SD), principal opositor do seu governo, Brandão estaria chegando à conclusão que a coisa não bem assim como ele pensava.
Existe várias versões sobre o episódio causador de enorme repercussão no estado, porém, a que mais se aproxima da realidade é que fala em insatisfação de boa parte da bancada governista que votou em Othelino, contra a vontade do Palácio dos Leões: o grau elevado de insatisfação com o governo, que, segundo revelou um deputado ao blog do Jorge Vieira, só teria olhos para alguns parlamentares.
Nenhum governo, pelo menos nos últimos tempos, administrou sem oposição, Brandão, porém, se gabava ao contar que tinha o apoio unânime do plenário do legislativo maranhense, mas isso quando substituiu Flávio Dino no comando do estado; agora descobriu que entre os 38 deputados que eram considerados voto certo em Iracema havia muita insatisfação e 17 deles resolveram mandar o recado votando contra sua aliada.
Ainda comentam nos bastidores da eleição histórica que reconduziu Iracema Vale à presidência da Assembleia apenas pelo critério da maior idade, quando as previsões era que Othelino teria apenas quatro votos, que foi uma resposta ao tratamento que recebem do Palácio dos Leões e não contra a presidente que permanecerá no comando da Casa por mais dois anos.
Depois da surpresa desagradável, Brandão, que saiu de férias, fala em recompor a base aliada, agora com pés no chão, quer ter uma bancada menor, porém confiável. Deve ter chegado à conclusão que sua liderança é limitada e que não existe governo sem oposição. E a articulação que quase derrota a presidente da Assembleia deixou isso bem claro.